
Faltando pouco mais de três dias para as eleições municipais em todo Brasil, resolvi novamente escrever sobre a relação política x igreja.
Este tema já foi abordado algumas vezes aqui no blog, pois acho de extrema importância para entendermos até que ponto esse envolvimento da Igreja com a política faz bem para a mesma.
Vejam só um trecho de uma notícia sobre o assunto , que recebi no meu email através do Google Notícias:
"Buscar aceitação entre todos os setores da sociedade é uma das tarefas mais complexas da campanha, seja à Prefeitura ou à Câmara dos Vereadores. Em Mauá, por exemplo, a disputa pelos votos evangélicos é bastante intensa, como já revela a placa de saudação na entrada da cidade: ‘Em Mauá, Jesus Cristo é senhor'.
Para se mostrar simpático ao nicho, o petista Oswaldo Dias optou por montar um comitê evangélico durante a campanha. Desde o início de setembro, representantes de diversas denominações entregam livretos, em cultos, com mensagens de apoio ao candidato, misturadas a passagens da Bíblia. Chiquinho do Zaíra (PSB) seguiu a mesma fórmula.
O atual prefeito de Ribeirão Pires e candidato à reeleição, Clóvis Volpi (PV), foi mais ousado. Visitou centro espírita, foi à missa, cumprimentou evangélicos. Ao responder a enquete do Diário sobre preferências pessoais, Volpi fez questão de afirmar que, apesar de ter sido criado na igreja católica, não é praticante. "Tive ligação com igreja evangélica, batista, por algum tempo."
Depois de ler um troço dessse, eu me pergunto:Onde nós vamos parar?Porque ministros do evangelho permitem que candidatos invadam as Igrejas para fazerem dela "point" de políticos em busca de seus interesses? Agora fazemos parte de agenda política de partidos?
Quero deixar claro que, ninguém pode impedir que pastores, obreiros ou membros de qualquer denominação saiam candidatos ou apoiem alguém numa eleição.Afinal, a política faz parte da soiciedade e pode ser exercida por qualquer cidadão do país.
Mais o triste é observar que tem gente fazendo um verdadeiro "leilão" dos púlpitos de muitas Igrejas em troca de interesses pessoais.Interesses esses que estão longe da chamada divina que Cristo delegou à Sua Noiva.
Para mim, até mesmo o candidato sendo evangélico jamais deveria usar seu ministério pessoal e o nome da denominação para galgar seus objetivos pessoais.
Não me conformo em ver os candidatos evangélicos usarem em suas propagandas:"Vote em Pastor tal", "Missionário tal".
Para que usar o título do seu ministério?Para influenciar os membros da Igreja?Os ministérios são deles ou do Senhor?Porque não usam apenas seus nomes, já que o cargo político nada tem haver com sua chamada ministerial?
E os que dizem que foram "chamados" por Deus para este "ministério"?Ministério da política?Vão evangelizar os vereadores e o prefeito?
Isso nada tem haver com a Palavra de Deus e a Sua Igreja.
Além de ser uma agressão à liberdade que cada crente possui de, como cidadão livre e que vive em um país democrático, escolher seus governantes da maneira que achar melhor.
Consciência política sim. Usar a Igreja de Cristo como "trampolim" para objetivos pessoais, jamais.